quinta-feira, 29 de outubro de 2009

NOVAS DIRETRIZES DO JORNALISMO. O QUE MUDOU E COMO ISSO AFETA VOCÊ?


André Motta Lima, diretor da Rio TV Câmara e Ruth Ferreira, sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro

Quem já leu o documento?
Assim iniciou e provocou André Motta Lima, diretor da Rio TV Câmara, lembrando a importância de uma boa pesquisa para o jornalista . Logo após apresentou um excelente apanhado sobre as principais questões apresentadas no documento Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Jornalismo produzido pela Comissão de Especialistas instituída pelo MEC em 12 de fevereiro de 2009. Aproveitou ainda para ressaltar a qualidade deste documento, que acaba por contar um pouco a história do jornalismo no Brasil.

A obrigatoriedade do diploma e as novas diretrizes
Para Ruth Ferreira do sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro num momento em que o diploma não é mais exigido para o exercício da profissão, as novas diretrizes vem resgatar a importância do jornalismo, sua função social, já que aumenta a cobrança por mais qualidade nos cursos universitários.

Para o jornalista André Motta Lima as novas diretrizes são extremamente positivas, porque indicam uma formação do jornalista mais voltada para o mercado de trabalho, traz mais respaldo ao aluno, que deve ser apresentado às ementas e programas das disciplinas, aumenta a exigência de adequação da formação do professor à disciplina que ministra, além de tornar o estágio obrigatório, o que para André é mais um fator positivo das diretrizes.

Elza Calazans, jornalista e professora da Universidade Candido Mendes e André Motta Lima

A imprensa hoje é o primeiro poder
O bom jornalista possui uma formação geral ampla, tem que ler o jornal todos os dias, estar sempre atualizado, além de ter o domínio do nosso idioma. Segundo Ruth, a boa formação conta bastante, mas o que realmente forma o profissional é o seu compromisso com o próprio desenvolvimento e o entendimento de que o aprendizado deve ser contínuo. E se alguém ainda acha que a mídia é o quarto poder, já está desatualizado, conclui.

Malena Ramos, coordenadora interina do curso de Comunicação Social do campus Niterói

O que mudou?
. Separação do jornalismo das demais habilitações (publicidade, relações públicas etc.)
. Mínimo de 3.200 horas. Incluídas neste total 200 horas de estágio supervisionado e 300 horas de atividades complementares. Isso quer dizer que a antiga sinalização do MEC de que o curso talvez pudesse ser concluído em três anos e meio foi totalmente descartada. Agora o curso de jornalismo terá que ser feito em no mínimo quatro anos.
. Estágio obrigatório para a conclusão do curso.

Agore forma a sua opinião sobre o documento: Novas Diretrizes para o Curso de Jornalismo ou http://www.portal.mec.gov.br/

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